Há um tempo determinado para todas as coisas - Quarentena de reflexão sobre a leitura
Às vezes, lemos e relemos os mesmos livros, os mesmos textos, ou fragmentos deles por inúmeras vezes (Talvez essa seja uma característica de alguns leitores, ou particularmente a minha), não sei exatamente o que nos leva a fazer isso. A inspiração que eles nos dão? A forma como nos apresentam as coisas, as pessoas, as ideias, a Vida? Seriam eles responsáveis por ampliar a nossa visão de mundo paulatinamente, a cada releitura, como se fosse em um circulo: uma experiência, uma releitura, uma nova interpretação, uma nova visão, nova experiência...
Ah! O poder de persuasão da escrita (Ou do escritor?). Como as palavras marcam as nossas vidas, quanto poder existe nelas, cargas semânticas ora positivas, ora negativas...mas todas elas compõem nossa existência. Elas nos levam a reflexões imensuráveis, são capazes de mudar nossos conceitos, teorias, ideias, comportamentos...
Em determinados momentos, tornam-se marcantes, veem à tona, saltam do livro e ecoam em nossa mente...
Assim tem sido nos últimos dias, nunca um texto fez tanto sentido...Saltou do Velho Testamento para a atualidade, tornou-se tão real (Ah!!! A atemporalidade dos textos)...
Hoje, ele nem precisa explicação, pois se auto-explica, e é sobre isso que tenho pensado:
"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;
Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz. (Eclesiastes 3:1-8)
Um texto paradoxal, que explica o momento pelo qual estamos passando. Ele nos dá ESPERANÇA, porque tão logo passem as situações negativas, chegarão as positivas...
Confraternizaremos, abraçaremos, amaremos mais, e voltaremos a releitura do texto com novas experiências e novas interpretações...
Retirei do texto as ações negativas (Observem que tempos melhores estão por vir, anime-se. Há um tempo determinado para as coisas boas)
"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, tempo de plantar;
Tempo de curar; tempo de edificar;
Tempo de rir; tempo de dançar;
Tempo de espalhar pedras; tempo de abraçar,
Tempo de buscar; tempo de guardar, e tempo de lançar fora (de ter fartura);
Tempo de coser; tempo de falar;
Tempo de amar; e tempo de paz."
Sônia Laide
26/03/2020
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PENSANDO EM SUAS LEITURAS, QUE LEITOR É VOCÊ? VOCÊ CONSEGUE INFLUENCIAR OS OUTROS COM AS SUAS LEITURAS?
Tenho paixão pela leitura. Gosto de ler poemas, contos, crônicas, romances, revistas especializadas em Literatura e em Educação. Também leio jornal e revistas periódicas, mas cultivo um gosto especial pelos poemas. Por quê? Gosto de ler as entrelinhas e construir múltiplos "caminhos" de leitura.
Às vezes leio para passar o tempo, por puro prazer, ou porque simplesmente achei o título do livro interessante. Leio, porque alguém me indicou um livro, uma matéria... Leio, não apenas para aprimorar meus conhecimentos, mas, principalmente, para pensar, refletir e sonhar. Leio para esperar a fila, para encurtar o percurso do ônibus, para interpretar a vida e as pessoas.
Quando leio com a finalidade de discutir o texto, faço anotações, para não deixar escapar algumas passagens que considerei importantes durante a leitura e que, ao meu ver, devem ser compartilhadas, pois servirão para refletir e serão pertinentes à discussão.
Sempre proponho aos meus alunos a leitura dos livros que mais gostei de ler. Costumo levar o livro para a classe e ler o capítulo, ou o trecho que julguei mais interessante, envolvente, cativante... Sei que eles acabam ficando curiosos e vários alunos acabam lendo o livro que eu indiquei. Proponho leitura de textos diversos, mas sem imposição, procuro deixar claro que a leitura não é obrigação, é prazer, é a busca do conhecimento.
Eu costumo ler, para os meus alunos, tudo o que acho importante: uma reportagem de jornal, uma matéria de revista, uma crônica, uma história em quadrinhos, um conto, um romance, ou seja, vou dos textos não literários aos clássicos.
Procuro demonstrar que sou leitora e que tenho paixão pela leitura, que leio por prazer, antes de tudo, que a aquisição de cultura e de conhecimento são consequências da leitura por prazer.
Considero que um leitor competente passa por todos os tipos e níveis de leitura, desde o superficial, ao extensivo. Às vezes passamos os olhos e fazemos uma leitura superficial, apenas para ver se o texto nos interessa. Às vezes, lemos com a finalidade de obter detalhes informativos. Mas quando a leitura nos cativa, queremos extrair dela informações detalhadas, essa leitura detalhada leva-nos a leitura extensiva e a leitura extensiva leva-nos a construção de um novo texto. Essa é a Arte do mundo da leitura.
Sônia Laide 14/10/15
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Adotei o silêncio como forma de expressão,
descobri que não há como falar com pessoas que não querem ouvir.
Adotei a seriedade como defesa,
para ignorar quando subestimam minha capacidade.
Escondi o sorriso, para não ser alvo de pensamentos maliciosos e de risos hipócritas...
Prefiro fingir que não entendo a aceitar que algumas pessoas ignoram outras,
baseadas em inverdades ditas sobre elas.
Recolhi-me a leitura e ao pensamento,
assim não corro o risco de dar informações errôneas, nem de prejudicar pessoas inocentes.
Aprendi a lidar com as pessoas que se sentem sabedoras de tudo,
porém baseiam seus conhecimentos em ditos alheios
e nunca consultam à fonte, para ter certeza de que a informação é segura.
Tenho aprendido diariamente com o outro, pela forma como sou tratada...
Com alguns aprendo a SER, com outros, quais atitudes não TER.
E assim vou me submetendo a árdua tarefa de humanizar-me.
Sônia Laide - 07/07/2015
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O que significa ser cristão?
Ser cristão não é viver em função de uma religião, também não é verbalizar repetidamente para que os outros ouçam "SOU CRISTÃO". Ser de fato Cristão, não é tão simples assim...É ser um representante de Jesus Cristo, isso significa ser como ele foi, exemplo de honestidade, justiça, compaixão, verdade, sinceridade, amor ... O latinizado termo grego khristianós, encontrado apenas três vezes nas Escrituras Gregas Cristãs, designa os seguidores de Cristo Jesus, os exponentes do cristianismo.
Tenho presenciado muitas pessoas que se dizem cristãs, agindo exatamente ao contrário do Cristo. Melhor seria que ficassem quietas. As nossas ações devem expressar CRISTO e, nesse caso, as palavras são relegadas a segundo plano. O importante é ter o caráter daquele que foi exemplo em tudo e por amor, negou-se a si mesmo e entregou-se pela humanidade, mesmo sendo ela não merecedora...Praticar injustiça, corrupção, traições, penalizar inocentes, espalhar fofocas, falar mal do próximo e humilha-lo, não faz parte do comportamento do Cristo que eu conheço.
Sônia Laide - 14/07/15
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Palavras
A parábola do semeador, proferida pelo próprio Cristo, traz muitos ensinamentos e revela os diversos tipos de pessoas com as quais encontraremos "ao longo" da nossa trajetória de vida...Ela pode ser aplicada em relação à pregação do evangelho, observando a forma como as pessoas o recebem e fazem uso dele, ou não. Mas também serve de reflexão para o nosso cotidiano, uma vez que fazemos uso das palavras para expressar afeto, aconselhar, corrigir, ensinar, enfim, usamo-nas em diferentes situações.
Mesmo quando somos "portadores" de palavras sábias, ponderadas, verdadeiras, que transmitem informações coerentes, há quem as ouve, mas se deixa influenciar por alguém que simplesmente "arrebata" o que fora ouvido; há quem se dispõe a ouvir, porém ignora, porque não permite que as palavras entrem, tornem-se motivo de reflexão e criem raízes profundas; há quem não cultive a terra e deixe crescer, em seu interior, espinhos que não permitem que as palavras ganhem vida e exerça o seu poder transformador, elas são sufocadas pela dureza dos espinhos. Mas, felizmente, há palavras que caem em boa terra, entram pelos ouvidos transformando a mente, o coração e o espírito de forma tão esplêndida que chegam a ser evidenciadas em comportamento e atitudes, estas dão bons frutos, e as pessoas que as cultivam, transmitem-nas aos outros, com entusiasmo, são palavras que produzem vida, as pessoas que as possuem são os multiplicadores, os semeadores do Reino de Jesus Cristo, se estas forem referentes aos ensinamentos bíblicos, ou do conhecimento, se estas forem relacionadas aos saberes adquiridos e compartilhados.
Que tipo de terreno temos sido? Somos "sequestradores" ou semeadores de palavras boas? Nosso discurso é baseado em verdades, ou temos utilizado "inverdades" ?
Temos de ter cuidado com o que falamos e ouvimos... Há tantos assassinos que usam como arma as palavras, porém eles não ficarão impunes..."Porque nada há encoberto que não haja de ser manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto.
Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.
Marcos 4:22,23
Sônia Laide - 15/07/15
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Desabafo!!
Gostaria de entender algumas colocações feitas por colegas educadores, professores, durante reuniões, nas quais discutem-se os projetos pedagógicos a ser desenvolvidos durante o ano letivo.
“Tal projeto não vai dar certo, porque a comunidade é cristã”
“Não vai dar certo, porque se o aluno tiver que vir a escola à noite, os pais não irão consentir.”
“Os alunos são se envolvem, não querem nada c...om nada, ou querem tudo mastigado.”
E nesse clima...Surge a pior das falas.
Há quem ache que a capacidade intelectual do indivíduo é medida pela classe social na qual ele está inserido... E funciona mais ou menos assim...SE o aluno é rico, consequentemente , é culto, lê, interpreta, posiciona-se criticamente...Se é pobre, coitado!!!!Se o aluno é de periferia, pronto...Não lê, não interpreta e não se posiciona criticamente...Ah!!! É melhor tomar cuidado com o tipo de filme que iremos apresentar a ele, porque...ele não entenderá...Sem contar as músicas, os livros...Esqueci, eles não leem...(desculpe)
Quanto preconceito!!!
Fico indignada com isso, pois há analfabetos funcionais em todas as camadas da sociedade. Não saber interpretar, não se posicionar criticamente, não é um problema dos alunos de periferia, é um problema nacional.
Só para lembrar...Há morador de rua que passou no concurso do Banco do Brasil, que passou no vestibular da USP, aliás, há doutores que são ex-moradores de rua...
Conheço e lecionei para muitos alunos da periferia que hoje são profissionais respeitados (professores, advogados, fisioterapeutas, programadores, analistas de sistema...)
O que faz a diferença na vida do aluno é a vontade que ele tem de aprender, a curiosidade de pesquisar, a capacidade de sonhar e de vencer obstáculos, a relação que ele estabelece com o saber conhecer, o saber fazer, o saber ser e o saber viver.
A culpa é da comunidade, do aluno, da direção...do governo...
E esses professores, com essas falas, como poderíamos classificá-los? Quais colocações poderíamos fazer a respeito deles?
Questionem minha capacidade intelectual, afinal, moro na periferia.
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DECEPÇÃO
“Tal projeto não vai dar certo, porque a comunidade é cristã”
“Não vai dar certo, porque se o aluno tiver que vir a escola à noite, os pais não irão consentir.”
“Os alunos são se envolvem, não querem nada c...om nada, ou querem tudo mastigado.”
E nesse clima...Surge a pior das falas.
Há quem ache que a capacidade intelectual do indivíduo é medida pela classe social na qual ele está inserido... E funciona mais ou menos assim...SE o aluno é rico, consequentemente , é culto, lê, interpreta, posiciona-se criticamente...Se é pobre, coitado!!!!Se o aluno é de periferia, pronto...Não lê, não interpreta e não se posiciona criticamente...Ah!!! É melhor tomar cuidado com o tipo de filme que iremos apresentar a ele, porque...ele não entenderá...Sem contar as músicas, os livros...Esqueci, eles não leem...(desculpe)
Quanto preconceito!!!
Fico indignada com isso, pois há analfabetos funcionais em todas as camadas da sociedade. Não saber interpretar, não se posicionar criticamente, não é um problema dos alunos de periferia, é um problema nacional.
Só para lembrar...Há morador de rua que passou no concurso do Banco do Brasil, que passou no vestibular da USP, aliás, há doutores que são ex-moradores de rua...
Conheço e lecionei para muitos alunos da periferia que hoje são profissionais respeitados (professores, advogados, fisioterapeutas, programadores, analistas de sistema...)
O que faz a diferença na vida do aluno é a vontade que ele tem de aprender, a curiosidade de pesquisar, a capacidade de sonhar e de vencer obstáculos, a relação que ele estabelece com o saber conhecer, o saber fazer, o saber ser e o saber viver.
A culpa é da comunidade, do aluno, da direção...do governo...
E esses professores, com essas falas, como poderíamos classificá-los? Quais colocações poderíamos fazer a respeito deles?
Questionem minha capacidade intelectual, afinal, moro na periferia.
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DECEPÇÃO
Houve um tempo em que eu achava absurda a colocação "Quanto mais eu conheço o ser humano mais eu amo o meu cachorro". Atualmente, mudei de opinião. Como o ser humano mente, trai, engana, faz qualquer coisa para obter seus próprios interesses!!!!...Se tais atitudes irão magoar o outro? O que importa? O importante é conseguir alcançar o objetivo proposto, depois utilizar esse objetivo como escada para alcançar outros. E assim vai, sempre ignorando a escada anterior. Se você o ajudou, não fez mais que sua obrigação. Se o amou, era seu dever amar o próximo. Se o acolheu, faz parte do caráter cristão. Inúmeras justificativas surgirão, afinal você amou, ajudou, acolheu porque quis. Sofra. A culpa é sua. Vai reclamar do que? Das suas próprias escolhas?
Mas será que não existirá o momento da queda? Onde estarão as escadas para amenizá-la?
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Por que umas pessoas pensam tanto e outras nada pensam? De onde vem essa necessidade de definir as coisas, explicar e embasar teoricamente? Já que as perguntas movem o mundo...Hoje, estou cheia de questionamentos...(29/02/12)
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"O que é o querer? Por acaso seria a ausência das realizações das vontades? Sempre queremos o que, geralmente, não conseguimos (Amor eterno, felicidade constante, muito dinheiro, pessoas fidelíssimas, amizades verdadeiras...) 26/02/12
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"A solidão não se evidencia pela falta de companhia, mas pela ausência de quem deveria estrar presente. A maioria das pessoas é solitária acompanhada." (21/02/12)
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"Conheça-te a ti mesmo." Porém não te suicides, por saber-te imperfeito. (17/02/12)
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"Penso, logo existo". Acabei de criar um sofisma. Existo e por isso penso, ou penso e por isso existo...
Só sei que estou pensando!!!!! (16/12/12)
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Não me importo com o que as pessoas dizem, mas me importo com o que eu digo sobre as pessoas. (16/02/12)
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